10 ANOS SE PASSARAM E MAIS UM 11 DE SETEMBRO …………………………………………………………………………

Caros leitores, fiquem tranqüilos, não serei mais um a falar da tragédia que aconteceu às 09:45 da manhã no horário de Brasília, no dia 11 de setembro de 2001 no World Trade Center ou popularmente conhecida como Torres Gêmeas na cidade de Nova York nos Estados Unidos. Não quero falar da tragédia, de quantas foram as vítimas, das eventuais possibilidades de estarmos lá quando os aviões se chocaram nos edifícios dos mais altos do mundo. Eu mesmo quando soube da notícia achei que era piada, afinal de contas, estava no 107º andar na Torre Sul no mesmo mês de setembro do ano anterior ao atentado no deck de observação “Top of the World”. Apenas quero aproveitar o ensejo do assunto para propor um pequeno momento de reflexão. Quero que reservem alguns minutos de meditação.

Refiro-me ao 11 de setembro apenas para estabelecer um marco, tendo em vista que tal acontecimento foi um dos mais recentes e marcantes na história da humanidade. Imagino que quase todos nós sabemos dizer o que fazíamos naquele momento, onde estávamos, com quem conversávamos, se a notícia nos chegou pela TV, pela Internet, por telefone ou pelo rádio e etc. Pois é. Exatos 10 anos se passaram e aqui estamos. Parece até que foi ontem não é mesmo? Já pararam para pensar em tudo que nos aconteceu na última década? Nas inúmeras pessoas que passaram por nossas vidas? Nas pessoas que se foram… Nas novas que chegaram… Nas pessoas pelas quais nos apaixonamos, amamos, nas novas amizades… Isso sem falar das reviravoltas boas e ruins que passamos tanto profissionalmente, como familiares, na nossa evolução intelectual, espiritual e o quanto a nossa vida mudou e como nós mesmos mudamos mesmo tendo a impressão num lançar de olhos descompromissado de que tudo parece igual como 10 anos atrás?

Por evidente que certas coisas não mudam, até porque precisamos delas para sobreviver. São intrínsecos a todos os seres humanos a necessidade de se alimentarem, comerem, trabalharem e etc. Continuamos indo ao supermercado, ao escritório, a restaurantes, a escola, a festas, a casamentos, a enterros, ao mar, a montanha. Enfim, nada disso de fato mudou. Essa rotina continua a mesma. No entanto, o modo de se executar a rotina com absoluta certeza sofreu algum tipo de alteração. As pessoas podem não mudar em sua essência, mas tenho a certeza que evoluem de alguma maneira. A essência está lá, mas o olhar sob a vida, sob as pessoas, é outro. Os pesos da balança que equilibram nossas vidas ganharam novas frações de medida. Sou confiante de que agora ela é mais precisa e nos permite uma avaliação mais minimalista da vida. Permite um julgamento mais justo. Uma razão mais coerente. Uma certeza cada vez mais incerta.

Tudo aquilo que tínhamos traçado como certo em nossas vidas se transformaram em enormes incertezas. Pelo menos no meu caso, a cada ano, a cada semestre, a cada mês que se passam minhas dúvidas aumentam. As responsabilidades crescem, as motivações são renovadas, e descubro que as metas traçadas 10 anos atrás, algumas perderam seu valor, outras foram alcançadas, umas nem chegaram a ser iniciadas, entretanto, por outro lado, no meio do caminho, novos objetivos surgiram, novos desafios, novas oportunidades, e no virar quase imperceptível das folhas do calendário, minha vida mudou. Como se costuma dizer popularmente, se me contassem 10 anos atrás que hoje eu estaria aqui ou ali, fazendo isso ou aquilo, solteiro ou casado, rico ou pobre, não acreditaria. É engraçado como gastamos o nosso tempo planejando nossas vidas, imaginando como estaremos em 1, 5, ou 10 anos, como temos facilidade de fazemos uma planilha em nossas cabeças como se fosse um programa de computador. Fácil e sem graça seria, se a vida fosse uma planilha de Excel, se tudo acontecesse do jeito que queremos, planejamos e na hora decidida.

É claro que em algumas situações é bom que o planejado se concretize. Até porque ninguém em plena consciência traça metas suicidas ou prejudiciais a si mesmos. Ninguém deseja para si o fracasso ou tantas surpresas e mudanças de direções assim. E, se todas as coisas que planejássemos não acontecessem, ou seríamos muito incompetentes ou o mais provável: lunáticos. Contudo, acredito que não existem coincidências, acredito que muito embora tenhamos o livre arbítrio sob nossas vidas, temos que vivenciar algumas experiências para o nosso próprio crescimento, para o nosso próprio bem. Quando faço menção a vivenciar determinadas experiências, isso não quer dizer que seja um fato ruim ou bom, simplesmente que é algo inesperado. Muitas vezes não estamos preparados para administrar o excesso de acontecimentos bons, recorrentes e inóspitos. O mesmo também é válido para o seu oposto.

Quantas vezes dizemos que temos certeza de algo e somos pegos de surpresa por uma miragem, uma ilusão de óptica que tenta nos desviar de determinado trajeto. Talvez aquilo que pensávamos ser uma miragem, não passava de um olhar distorcido sob uma perspectiva errada, ao mesmo tempo em que parte da certeza daquele algo não era tão cristalina como imaginávamos e acabamos percorrendo uma terceira via quase derrapando para um quarto ou quinto acesso…

Infelizmente ou felizmente a vida é composta nesse formato sem forma, num compasso perfeito um tanto quanto descompassado. Por um lado somos agraciados pelo livre arbítrio e por outro estamos imersos na insegurança causada pelo medo da escolha e as conseqüências advindas da incerteza e falta de controle daquilo que queremos controlar. Afinal, se não fosse assim, para ter dúvidas e tomar decisões na tentativa de acertar e evoluir não estaríamos aqui.

Um ótimo domingo e um excelente início de semana a todos vocês!!!

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