Olá amigos leitores, essa semana lhes escrevo de minha cidade natal São Paulo, mais precisamente às 13:30h de um dia quente abafado e chuvoso. Preciso compartilhar com vocês um momento de indignação que tive hoje na hora do almoço, mas antes disso irei contar um pouco do que tenho feito por aqui desde que cheguei de Rio Branco.
Após minha ida para a capital Acreana, não havia voltado ainda para São Paulo. Foram 55 dias com muitas caixas de mudança, trabalho, e meu primeiro Natal e Ano Novo muito felizes em Rio Branco. Bom, de qualquer forma, em algum momento precisava retornar a São Paulo para atender a agenda lotada de reuniões e compromissos que me aguardavam após quase 2 meses ausente.
Peguei o avião para São Paulo já com saudades do Acre. No entanto, compromissos profissionais esperavam por mim e, além disso, queria muito reencontrar toda a equipe da NK7 São Paulo, amigos, tias e tios. Quando estava na Av. 23 de maio em direção ao meu apartamento até fui tomado por um momento de pura insanidade mental e por alguns instantes gostei de rever aqueles inúmeros prédios, carros, poluição e todo o agito da cidade. Entretanto, essa sensação não deve ter durado mais do que 3 minutos até que eu ficasse preso em um congestionamento por 50 minutos, debaixo de um dilúvio com medo de uma alagação. Imediatamente lembrei da tranqüilidade da minha casa no Ipê, da Av. Ceará, dos 5 minutos que demoro para chegar na Mais Academia para jogar o meu tênis e dos apenas 15 minutos que levo para ir a qualquer ponto da cidade.
Bom, excluindo esse fato, quando estava na porta do meu apartamento em São Paulo, não conseguia achar as chaves em minha mala, entrei em desespero, cheguei até a pensar que as havia perdido. Já eram 11h da noite e eu para fora de casa. Que sensação horrível. Após retirar praticamente tudo que estava dentro de minha mala e fazer aquela montanha de roupas no hall do apartamento, finalmente encontrei a bendita chave. Fiquei super aliviado e não via a hora de entrar, tomar um banho, trocar de roupa e sair para jantar com amigos que me aguardavam. O pequeno detalhe é que quando fui tomar banho percebi que o chuveiro estava parcialmente quebrado, ou seja, ou tomava banho no “Super Quente” = queimadura de pele de 1º grau, ou encarava a água fria congelante mesmo. Resolvi, então, trocar de banheiro, liguei o chuveiro, avaliei a água e parecia que estava tudo em ordem, uma temperatura agradável. Comecei a lavar o cabelo e “puff” acabou a luz. Caso vocês não saibam, não é só em Rio Branco que acaba a luz, na capital paulista quando caem esses temporais passamos pelo mesmo dilema. Pois é. Acabei tomando banho frio mesmo.
Após um jantar muito agradável com amigos na lanchonete “New Dog” na Rua Joaquim Floriano, fui para casa saciado e pretendia dormir o mais rápido possível pois já tinha inúmeros compromissos agendados para o dia seguinte logo cedo para organizar o embarque de toda nossa equipe Audiovisual para o Acre com todo equipamento de áudio, iluminação, câmeras de vídeo, câmeras fotográficas, tripés, baterias e outros tantos equipamentos para o Projeto Florestur da SETUL que a NK7 executa no momento e que tem como objetivo o desenvolvimento do turismo regional do Estado do Acre. Acontece que como já havia relatado em crônicas anteriores, sofro de insônia. Contudo, aquela noite não parecia ser o caso, afinal de contas, estava extremamente cansado, havia dormido pouco e trabalhado demais em Rio Branco. Só esqueci mesmo de um detalhe, o fuso horário de 2 horas que nos separam. Coloquei meu pijama, deitei, liguei meu ipod e relaxei. Escutei uma música, duas, dez, vinte, virei de um lado, de outro e nada de pegar no sono. Acabei indo dormir às 5h da manhã, isto é, tive 2 horas de sono naquela noite. Estava acabado. Após um dia lotado num corre-corre danado para organizar toda a logística desse pessoal, voltei a trabalhar mais um pouco na minha sala. Foi nesse momento que senti uma leve fome e me lembrei que não tinha arrumado tempo para almoçar. Já era relativamente tarde, estava sozinho na agência e resolvi, então, pedir uma pizza. Comi quatro pedaços da pizza acabei de responder alguns emails e fui embora para casa, tentar recuperar o sono perdido, mas, a insônia me perseguiu por mais um dia e peguei no sono às 4:30 da manhã.
No dia seguinte, acordei igualmente cedo para começar a eliminar os itens de minha agenda. Iniciei o dia com uma reunião demorada na Universidade Paulista de Medicina e voltei para o escritório ansioso e faminto pelos 4 pedaços de pizza que haviam sobrado da noite anterior. No meio do trânsito do caminho de volta vim sonhando com aquele pedaço de pizza suculento, a fumacinha, aquele queijo derretido… Quem é gordo ou tem cabeça de gordo sabe muito bem o que estou dizendo. Nunca prometa um cardápio para um gordo e na hora “H” mude os planos. Saibam que gordo que é gordo se prepara inclusive psicologicamente para comer horas antes da refeição. Se a gente já sabe o cardápio do dia, ficamos esperando ansiosos por ele. Mudar o cardápio ou cancelar o almoço ou jantar é uma agressão imensurável, irretratável e indignante para os gordos e acredito que também para todos que sentem algum prazer em comer.
Pois é. Voltando aos meus 4 pedaços de pizza requentados que seriam o meu almoço no escritório, quando coloquei os pés na cozinha da NK7 não avistei a caixa da pizza. Pensei imediatamente que provavelmente alguém deveria tê-la guardado na geladeira. Abri a porta das duas geladeiras do escritório e não vi nem sinal do caroço da azeitona. Desesperadamente fui para o meio da agência e perguntei a todos: Alguém viu a minha pizza? Todos responderam que não, ou que tinham visto a caixa da pizza na mesa da cozinha, até que percebi que havia um ser encolhido e escondido atrás de um Mac Pro fingindo que não estava escutando. Esse cidadão sem o menor senso de amor à vida se chamava Marcelo. Virei para ele e perguntei: Marcelo, você viu minha pizza? Uma caixa redonda com pedaços de pizza de calabresa e portuguesa? Ele com um olhar assustado virou para mim e me respondeu com outra pergunta: Aquela pizza era do Sr.? Respondi furiosamente: Como assim “aquela pizza ERA do Sr”? Marcelo por sua vez com uma voz muito sem graça respondeu: Desculpa Sr. eu comi sua pizza porque achei que ela estava lá para quem quisesse comer. Como saí atrasado de casa, não tive tempo de tomar café da manhã e acabei comendo sua pizza. Peço desculpas porque não sabia que era o seu almoço.
Um ótimo domingo e um excelente início de semana a todos vocês!!!
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