FORMATAR COMPUTADOR SEMPRE DÁ PREJUÍZO!!! …………………………………………………………………………

Aqui na MN11 em São Paulo temos seguros de praticamente tudo. Seguro de equipamentos, seguro de vida, seguro contra acidentes, seguro contra fogo, seguro contra chuva, contra raio, seguro até de vidro quebrado… mas, na verdade, o que eu queria mesmo era um seguro que garantisse a integridade dos dados, informações e produções intelectuais da agência.

Apenas terem uma idéia, enquanto escrevo para vocês estou tentando recuperar 4 meses de e-mails teoricamente perdidos por causa de uma bendita formatação que resolvi fazer em meu notebook. É incrível como nos tornamos escravos dessas máquinas!! Hoje em dia não vivemos mais sem telefone celular, computador, notebook, GPS, iPad, iPhone, iPod, netbook do lado da cabeceira da cama e etc. Impressionante o poder que esses pequenos eletrônicos exercem sobre nós. Digito essas palavras em verdadeiro estado de desespero. Até postei no twitter todo feliz que estava formatando a minha máquina. Mas, 4 horas depois já estava twittando novamente pedindo Socorro!!!!

Já fazia um tempinho que estava querendo formatar meu notebook. Ele andava lento, dando umas travadas… aquelas intercorrências maravilhosas que acontecem nos momentos mais “apropriados” do nosso dia-a-dia. Portanto, hoje de noite que aparentemente estaria mais tranquilo no escritório no período da noite para poder escrever serenamente minha crônica dos domingos, resolvi formatar o meu note e instalar todos os programas novamente. Principalmente porque já queria trabalhar e testar o Office 2010. Bom, de fato estou escrevendo nele. Houve algumas mudanças de layout e distribuição de funções que em um primeiro momento está me deixando levemente confuso. Entretanto, tudo isso é apenas uma questão de adaptação. O problema meus caros leitores é que estou tendo que importar todas as informações que estão no backup do meu gerenciador de e-mails, entenda-se Microsoft Outlook para o novo programa. Procedimento esse normal, fácil, nada de complexo. Qualquer um é capaz de executar uma tarefa dessas. No entanto, estou aqui sentado na frente desse notebook às 4:45 da manhã tentando descobrir um jeito de não perder os meus últimos 4 meses de e-mails, que totalizam algo aproximadamente em torno de uns 8 mil e-mails. Apenas isso. Nada mais. Pouca informação. Quase nenhuma informação comercial importante dentro deles.

Estou aqui de mãos atadas sem saber o que fazer e sem conseguir entender porque diacho esse programa está apresentando erro para importar esses e-mails. Será o software tão inteligente assim que sou um macaco frente a toda essa tecnologia? Ou será que o homem que inventa toda essa tecnologia é que é um macaco? Gostaria de ter uma resposta para isso. Afinal de contas o computador veio para nos ajudar, para tentar otimizar o nosso tempo ou para atrapalhar? É claro que a resposta para isso é única: Não conseguimos mais viver sem essas geringonças. Armazenamos toda nossa vida dentro delas. A problemática consiste no fato de que elas passaram a controlar nossas vidas. Outro dia estava deitado em meu quarto em Rio Branco e a hora que puxei o edredom – sim… eu durmo de edredom em plena Amazônia porque gosto do ar condicionado trincando, gosto do meu quarto nevando, odeio o calor e amo o frio, enfim, o momento em que puxei o edredom um dos meus Iphones fez a gentileza de se atirar de cara no chão e imediatamente a tela começou a piscar uma luza branca. A tela do celular tinha morrido. Não dava sinais de vida, de sobrevida. Ele tocava, mas eu não tinha acesso a nenhuma função, nem sequer conseguia atender. Tinha certeza que o celular tinha ido para o “espaço”. Imediatamente me deseperei. No dia seguinte, apenas de alegre, resolvi colocá-lo para carregar, e subitamente ele voltou a funcionar. Fiquei maravilhado. Pensei. Nossa… foi apenas consequência do impacto. Acho que agora as pecinhas lá dentro se acomodaram (como diria algum infeliz perdido por aí… que gordinho ingênuo…). No final do dia com a bateria quase chegando ao final a tela resolveu voltar a piscar e o celular parou de funcionar novamente. Resumindo. Percebi que ele só funcionava com no máximo a bateria marcando um quarto. Contudo, estou no momento em São Paulo, e nessa correria desenfreada de trabalho acabei usando o mesmo celular “quebrado” até a bateria acabar e o problema parece que simplesmente desapareceu.

Pois é. Coisas da tecnologia. Da mesma forma com a formatação e o backup do meu notebook. Essas máquinas simplesmente parecem ter vontade e vida próprias. Elas é que estão no comando. Elas é que determinam a ordem do dia. Nós é que nos transformamos no brinquedinho delas. Por isso é que eu sempre digo, o que eu gostaria era de ter um seguro das informações, do conteúdo, de toda produção intelectual produzida no decorrer de anos que podem se perder única e exclusivamente porque um HD, ou um PC ou um servidor resolveram não mais funcionar. Eu sei que é obrigação de todos nós construirmos uma boa base de backups com várias alternativas guardadas a 7 chaves em vários lugares. Todavia isso parece não bastar. Porque mesmo com backups, o risco de se perder informações continua sendo muito grande. Basta alguém apertar uma tecla errada, ocorrer um curto circuito, um mal contato, uma queda de luz que corremos sérios riscos de perdermos tudo.

E, foi a queda de luz a pitada de tempero que faltava nessa minha madrugada de formatação do meu note. Já havia formatado a máquina, comecei a baixar atualizações e “plum” a luz simplesmente acabou. Tudo bem, eu estava precavido, a bateria do meu note estava cheia e ainda estava com o cabo de energia ligado no no-break. Mas de que adiantou? Sem luz, sem modem, e consequentemente sem conexão com a internet. Pronto. Apareceu a tela de erro. Tive que desligar o note e ficar admirando a luz de emergência da minha sala enquanto a luz não voltava. 15 minutos após a energia retornou. Recomecei todo o processo e 40 minutos depois, mais uma queda de energia de mais 5 minutos. Luz de emergência acesa novamente. Decidi que não ia desistir enquanto não acabasse até porque queria escrever minha coluna para vocês.

Ótimo. Às 4 horas da manhã consegui acabar de instalar 80% dos programas que são estritamente necessários para o meu trabalho do dia a dia e fui para o principal, ou seja, a importação de todos os meus mais de 20 mil e-mails para o Outlook. E é nesse ponto que estou amigos leitores, no momento 5:20 da manhã, escrevendo para vocês aguardando o meu querido amigo de trabalho resolver ter misericórdia da minha alma e importar devidamente todos os meus e-mails.

Essa é a contradição da vida. De um lado a medicina evoluindo cada vez com mais velocidade para nos dar a quase imortalidade e, de outro, algumas pessoas como eu, fissurados por trabalho, por essa tecnologia maravilhosa, encantadora e envolvente que às vezes me encurrala, aumentando o meu nível de adrenalina, nervoso e a quantidade de bolinhas que tomo todos os dias para conseguir dormir. Uma verdadeira viagem na contramão.

A verdadeira qualidade de vida é da família de um moço de uma comunidade ribeirinha que conheci lá no Rio Croa no Juruá, perto de Cruzeiro do Sul que vive sua vida no meio da floresta, com sua casa abençoada de frente para um rio e por uma paisagem indescritível tomado por uma energia e força espiritual sem precedentes. Lá, não tem energia elétrica, não tem internet, não tem telefone, não existe televisão, não existe computador, cartão de crédito, shoppings, restaurantes, trânsito e etc. Se eles conseguem viver assim, sem nada disso, porque não podemos pelo menos tentar diminuir um pouco dessa nossa dependência das máquinas de um modo geral? A começar por mim que estou aqui numa sala concretada, respirando o meu ar condicionado, quase arrancando os cabelos na frente de um note, rodeado por mais 2 monitores, uma TV de LCD, 4 celulares, 2 impressoras e 4 HDs.

Certos estão os gringos que fazem turismo nesse Estado deslumbrante que é o Acre na busca de um turismo vivencial no meio da Floresta. É realmente uma pena, que a maioria de nós, brasileiros e inclusive acreanos não damos o merecido valor para essa joia tão preciosa que está escancarada a um palmo do nosso nariz. Será que vamos continuar com a ante cultura de que sempre as coisas do nosso vizinho são melhores que as nossas? Será que vamos continuar reféns da mentalidade capitalista descontrolada e massificada de que o melhor para nossas vidas é termos registro e backup de tudo nos nossos computadores? Ou será que vamos parar um pouco mais para observar, olhar, ouvir e sentir as pessoas e lugares pelos quais passamos e construirmos o nosso próprio backup em nossas mentes e nos nossos corações? Eu me candidato a tentar uma vida mais saudável e espiritual… e vocês? Me acompanham?

Um ótimo domingo e um excelente início de semana a todos vocês!!!

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