Todos precisamos e devemos cultivar um porto seguro. Um alguém, um local, algum objeto, que nos serve de pilar, que nos estrutura e que nos sustenta em situações insustentáveis.
No hangar que atraco minha “nau” basicamente precisam estar presentes meu pai, minha cachorra Lucky, minha família e meus queridos amigos. Isso já basta. No entanto como mencionei na coluna da semana que nos antecede, às vezes se faz necessário um momento de solidão, reflexão e auto-descobrimento. Por essa razão, que lhes direi um pouco da relevância da música em minha vida, com especial devoção à música erudita.
Minha escola musical teve seu início muito cedo. As influências musicais começaram desde o berço onde meu pai colocava alguns dos muitos discos de porcelana de música clássica, trazidos por meu avô Minoru Naganuma em seu navio imigrante do Japão. Escutei desde muito pequeno obras de Mozart, Bach, Vivaldi, Beethoven. Meu pai quando jovem integrava uma banda musical onde tocava violão e guitarra. Minhas primas de Marília no interior de São Paulo tocavam piano e meu primo saxofone. Não sou proveniente de uma família de músicos como devem estar imaginando, mas de um modo geral todos nós tivemos uma formação musical clássica intensa.
O meu caso de amor com o piano começou quando eu deveria ter uns 7 anos em uma das inúmeras férias que passava na casa dos meus primos no interior de São Paulo. Na sala da minha tia que também é minha madrinha, havia um piano de armário preto que não me recordo a marca, mas sempre observei atentamente meus primos estudando ao piano e a cada dia me encantava mais pelo som daquele instrumento. Esse foi o click para o aflorar da minha simpatia pelo piano que depois viria a descobrir que não era apenas uma mera simpatia, mas um sentimento.
Iniciei meus estudos de piano clássico aos 9 anos e logo em seguida fui presenteado pelos meus pais com um piano Fritz Dobbert que até hoje integra a decoração da sala do apartamento de minha mãe. Acreditaram no meu talento. E de fato achava que havia nascido para aquilo. Quando pequeno sempre dizia aos meus pais que gostaria de ser um grande concertista ou ter uma vida de diplomata boêmio como Vinicius de Moraes e passar todos os meus dias tocando na noite e escrevendo poemas e músicas. No passar dos anos acabei me enveredando para outros segmentos, não prestei concurso para o Instituto Rio Branco (centro de formação de diplomatas no Brasil), não virei concertista e não toco na noite como estava previsto em minha farta imaginação juvenil.
Entretanto, muito embora todos esses sonhos não tenham se realizado, serei eternamente grato à minha professora e musa de piano Maria Gleide Barreiro Morato, uma nobre senhora concertista discípula de Magdalena Tagliaferro detentora de uma educação e sensibilidade que refletiam a grande musicista e mulher que é. Com ela e através dela, aprendi a transpor meus sentimentos através daquelas teclas, uma sensação como se o som que irradiava daquele instrumento tomasse conta do meu corpo e invadisse meu coração. Nos minutos que duravam a música, naqueles toques, nas notas impressas em cada página de cada partitura era como se não existisse gravidade, vivi aquelas notas e aqueles anos árduos de estudo sob o teclado com minha alma transbordando de alegria. Obrigado “tia Maria Gleide” pela dedicação, empenho, carinho e paciência que teve nos “nossos” 9 anos de estudo de piano.
A vida é composta por fases e a fase de estudo de piano ficou em meu passado, mas o meu interesse pela música clássica e a vontade de tocar ficaram enraizados dentro de mim. Assim sendo, quando preciso de um momento de relaxamento, reflexão, busca de novas idéias quando tenho a impressão de que toda a criatividade e imaginação para o desenvolvimento de um projeto em minha agência NK7 se esgotou, disponho de alguns minutos do meu dia para escutar ou tocar um pouco de música clássica. Para mim, o revigoramento é imediato.
Tanto é que sempre redijo minhas crônicas para o jornal ao som de alguma música erudita. Me traz inspiração e aguça meus sentidos na tarefa de encontrar as melhores palavras para transmitir à vocês o que pretendo na semana.
E, como prometido na semana passada, trataremos um pouco agora da fusão do Web Site Funcional com Web Site Design. Como transformá-lo em um misto de ferramenta e arte? Em um projeto que possui esse tipo de proposta, ou seja, onde é necessário ter uma certa quantidade de conteúdo e não se pode deixar em apartado o design, utilizamos um misto de Flash e programação em HTML. Para os que não estão familiarizados com essa linguagem, basicamente realizamos as animações com o Flash e a parte textual estática em HTML. Dessa maneira se tem mais mobilidade para posterior alteração e inserção de novo conteúdo no HTML, preservando a arte da animação em Flash que representa a identidade visual da empresa na Web e aquilo que ela pretende vender ou destacar. Esse tipo de web site “misto” é recomendado para aqueles que objetivam impactar com o seu produto ou serviço através de uma animação em Flash e conjuntamente trazer as informações de seu conteúdo de forma não tão completa como em um web site portal, mas também não tão simplificada como em um web site design ou full flash como nos referimos dentro da NK7.
LOUNGE NK7
Primeiramente, gostaria de destacar o empenho de toda a equipe NK7 nessas últimas semanas onde todos têm trabalhado e se empenhado arduamente em projetos de grande complexidade alcançando resultados fantásticos. Eu e Alex agradecemos pelas madrugadas, finais de semana e feriados onde ninguém hesitou em demonstrar seu comprometimento com os jobs de nossa agência.
Destacamos o desempenho e dedicação do nosso web designer sênior Marcelo Meira que já fez da NK7 sua segunda morada. Marcelo, esperamos que essa semana você consiga voltar para casa!!
Por fim, recomendamos que visitem o novo site do Restaurante Pão de Queijo dos nossos amigos Denise e Athos Borges, desenvolvido também pela NK7 e observem minuciosamente a riqueza de detalhes do layout e verifiquem como é possível aliar design, efeitos visuais, sem perder a facilidade de navegabilidade e conteúdo. Eu e o Alex estaremos em Rio Branco nessa semana, e como de costume almoçaremos por lá.
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