QUEBRANDO PRECONCEITOS COM VIDEOGAMES …………………………………………………………………………

Desde minha infância sempre tive videogames, no meu caso, por exemplo, comecei com o Atari. Nunca fui uma criança ou um adolescente que ficava horas em frente a TV brincando de jogar. Nunca tive muita paciência. Jogava no máximo umas 2 horas e enjoava daquilo. Achava que tinham muitas outras coisas interessantes para brincar do que me plantar em frente a um computador ou de uma TV para curtir os joguinhos. Me recordo que os meus amigos (irmãos) de infância e vizinhos do prédio o Gu e o Leo, permaneciam horas se divertindo e jogando. Eu simplesmente não conseguia. Para mim aquilo era muito entediante. Preferia jogar bola, brincar de esconde-esconde, fazer guerrinhas de água, plantar bombas relógio (risos) ao invés de ficar fazendo campeonatinho de videogame.

Além disso, não sei porque, mas sempre tive um certo preconceito dessas inúmeras pessoas, entenda-se por vários dos meus coleguinhas de colégio, que preferiam ficar trancados em casa jogando videogame do que interagir com outras crianças e participar de uma brincadeira mais saudável. Para mim o videogame era mais um brinquedo como outro qualquer que se joga por um tempinho e depois se passa para outro. No entanto, tinha um primo que passava o dia inteiro jogando e só fazia uma pausa quando seus pais o obrigava a almoçar, jantar, tomar banho e dormir. Ficava me perguntando: Como é que ele consegue passar o dia inteiro jogando aquele mesmo jogo. Para mim, isso não era muito saudável e sempre acreditei que esse tipo de jogo tão viciante assim te faz perder o contato com o resto do mundo e principalmente com o que está acontecendo de interessante lá fora da sua casa com seus outros amigos. Passar o final de semana inteiro jogando videogame para mim era sinônimo de um tipo de alienação que poderia te levar a loucura. (sou pouco exagerado)

Entretanto, como ando por uma fase diferente na vida e de mudança de valores, conceitos e hábitos, que contarei para vocês em algum outro momento, redescobri o videogame agora com quase 30 anos de idade, por um novo prisma. Na verdade o que aconteceu, é que há aproximadamente 1 ano atrás, comprei um dos videogames que imagino ser o sonho de consumo de muita gente, o Playstation 3. Para ser sincero, comprei o chamado popularmente PS3 por uma única razão, ou seja, o PS3 funciona com a tecnologia blu-ray, e, portanto, além de comprar um aparelho eletrônico que serviria para assistir filmes em alta resolução Full HD, ainda era um videogame caso um dia eu quisesse utilizá-lo como tal. Contudo, nas últimas semanas descobri como esses videogames de hoje em dia são fantásticos e como no meu caso o PS3 está me fazendo bem. Na matriz da minha agência MN11 Web Design São Paulo, temos o que chamamos de sala relax, isto é, uma sala com cama, TV, aparelho de som, revistas, livros, e o Playstation 3. Como trabalhamos basicamente com criação, programação, produção e se ainda não bastasse temos que cumprir metas e prazos, de vez em quando o stress mental aqui é grande, e, sendo assim, foi de consenso geral que criássemos um espaço para aqueles 15 ou 30 minutos de descanso para esfriar a cabeça e retomar os trabalhos. Foi nesse momento que ao observar o Marcelo e a Márcia (que são os mais viciados em videogame) jogando, que a convite do Marcelo, resolvi jogar um pouco com ele. Foi nesse momento que todos os meus preconceitos e paradigmas com relação ao videogame foram quebrados. Caros leitores, esses videogames PS3, Wii, Xbox, são realmente coisas de outro mundo.

Não existe a menor possibilidade de alguém não gostar ou não se viciar em algum joguinho que seja. Incrível que eu que me considero tão inserido no mundo digital e tecnológico diga uma coisa como a que direi agora, mas, as coisas evoluíram muito!!! A qualidade dos gráficos, a proximidade com a realidade, a perfeição e complexidade dos jogos e principalmente a palavra Interatividade online que foi possibilitada pela Internet, de fato criou um novo universo paralelo em nossas vidas. Inicialmente, para mim eram tantos botões, movimentos, comandos, e sutileza e precisão de movimentos, que confesso que por alguns instantes cheguei a me achar velho demais para videogames e que nunca conseguiria jogar aquilo. Mas, persistente e obstinado que sou, insisti até conseguir. Depois disso, caros leitores, começava meu processo de observação das pessoas e o papel dos videogames nas vidas de cada uma delas. Reparei que o marido da minha prima Karen, o Alessandro, que é carinhosamente chamado de “careca” já tinha o PS3 desde sua primeira versão no lançamento do videogame. E olha que acho que ele já deve ter passado dos 40 anos. Até aí, à época em que ele me mostrou o PS3 e o Wii que ele havia comprado, pensei que era mais uma “criança grande” com seus brinquedos. Mas eu é que estava atrasado. Nos dias de hoje existem jogos para todas as idades e de todos os tipos que vocês podem imaginar. Videogame hoje não é apenas brinquedo de criança e adolescente.

Para dizer a verdade, antes de escrever essa crônica falando dos videogames, pesquisei um pouco no Google a respeito deles e o que as pessoas andavam falando a respeito da influência exercida por esses aparelhos tão fantásticos na vida das pessoas. Imaginava eu, que encontraria inúmeros artigos criticando essa invasão e quase domínio dos videogames exercidas sob as pessoas. Contudo, foi surpreendido mais uma vez. Para dizer a verdade, não encontrei nem sequer uma reportagem, estudo ou artigo nas três primeiras páginas de consulta do Google que falasse algo contra os videogames, muito pelo contrário, me deparei com diversos artigos dizendo que os videogames fazem bem à saúde entre diversos outros benefícios que eu nunca me passaria pela cabeça.

Para começar, não poderia deixar de informá-los sobre alguns dados estatísticos que me saltaram aos olhos. Segundo estudo feito pelo jornalista Andre de Abreu, especialista em jornalismo multimídia pela PUC-SP e mestrando em comunicação pela ECA-USP, atualmente, estima-se que o valor do mercado de jogos eletrônicos gira em torno de 9,4 bilhões de dólares, superando o faturamento da indústria cinematográfica com a venda de ingresso. Com todos esses números, costuma-se comparar o videogame ao cigarro que, mesmo em momentos difíceis da economia, sempre mantém sua venda inalterada. Ainda, segundo artigo do mesmo jornalista, as duas últimas críticas com maior repercussão de um eventual papel de vilão do videogame em que foi considerado co-autor de crimes foi o massacre na escola de Columbine, nos Estados Unidos, e a invasão de um cinema em São Paulo por um homem armado. Nas duas situações, o videogame teria sido o motivador de tais atos ilícitos. No entanto, passados anos, nenhuma prova médica comprovou tal teoria. A explicação mais plausível para o acontecido seria os desvios psicológicos já existentes nos criminosos.

Já no artigo do site techtudo publicada em 23/05/2011, eles apontam inúmeros benefícios e utilidades educacionais, medicinais, terapêuticas, simuladores de trabalho, de exercícios físicos e etc. para o videogame, como por exemplo, o game Wii Fit para o console da Nintendo, usa uma balança com sensores que proporciona aos usuários realizarem exercícios aeróbicos, melhorar a coordenação motora, força e até mesmo praticar yoga. Para manter, então, as crianças mais saudáveis e menos sedentárias, muitas academias e principalmente pais estão descobrindo os videogames e os jogos chamados de “exergames”, que promovem o aumento das atividades físicas e geram curiosidade e excitação entre as crianças. Esse conceito tem sido utilizado também por adultos e personal trainers que o utilizam inclusive para medir a freqüência cardíaca entre outros. Casas de repouso nos EUA já estão começando a usar o Nintendo Wii para manter seus hóspedes fisicamente ativos. Quando os hóspedes ouvem que vão jogar Wii, eles se sentem mais motivados a levantarem da cadeira e iniciarem a terapia. Os games também são usados para problemas de saúdes mais específicos. Por exemplo, um game chamado “Eye Spy” auxilia os oftalmologistas a encontrar problemas e dificuldades visuais nas crianças logo cedo. Pesquisas apontam que, uma em cada quatro crianças têm algum problema de visão, mas a maioria não é diagnosticada. Os games, assim como o “Eye Spy” usam o tempo de resposta das crianças para identificar problemas como vista cansada, distúrbios da retina e até mesmo cataratas. Os videogames também estão sendo utilizados para programas de reabilitação, como nos EUA os soldados que retornaram da guerra do Iraque puderam contar com a ajuda de games que auxiliaram os veteranos a lidarem com o transtorno de estresse pós-traumáticos. Enfim, caros leitores, dentro muitos outros exemplos que poderia citar, a impressão que tenho é a de que os videogames deixaram de ser simples joguinhos que eu considerava bestas para terem realmente uma função social.

Apenas gostaria de fechar dizendo que agora sou um jogador frenético de PS3 em minhas horas vagas e que isso tem sido muito saudável em minha vida e tem me servido de certa forma como terapia para conseguir relaxar e me desligar um pouco do trabalho e das preocupações do dia a dia. Portanto, fica a dica, para quem ainda não experimentou “brincar” nesses novos aparelhinhos de games, conversem com um amigo, familiar, e peça para te apresentarem esses brinquedos interativos que tem conquistado cada vez mais adeptos de todas as idades e sexo ao redor do mundo. Divirtam-se!!!

Um ótimo domingo e um excelente início de semana a todos vocês!!!

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