SUPERSTIÇÃO …………………………………………………………………………

Agora são exatamente 16:16hs e estou começando a escrever minha crônica para vocês. Isso, para mim é um sinal de sorte. Afinal de contas o meu principal número de sorte é o 7. E se somarmos 1 + 6 = 7. Então, caros leitores, a superstição é algo muito curiosa e engraçada exatamente porque ela não faz o menor sentido à lógica formal. A superstição foge da racionalidade normal de um ser humano. Por isso ela é chamada de superstição. Coisas, objetos, amuletos, números, cores e etc. que nos dão sorte ou azar e que na verdade não passam de loucuras provindas de nossa mente criativa ou doentia (risos).

Nesse momento, quando me refiro à superstição, não estou incluindo as nossas manias mais conhecidas como transtorno obsessivo compulsivo e muito menos das crenças e hábitos populares que nada mais são do que rituais culturais ou religiosos que escutamos desde crianças e fazemos por fazer por pura tradição. Quando falo em superstição quero mencionar algumas coisas loucas que conscientemente sabemos que teoricamente não fazem o menor sentido, mas que na verdade levamos aquilo muito a sério, como coisas que nos dão muita sorte ou muito azar e às vezes são destinadas para determinadas ocasiões.

Resolvi escrever sobre isso, porque entre vários temas que havia pensado, quando comecei a pesquisar sobre o assunto e perguntar para o pessoal da agência e ligar para amigos e familiares para saber se eles tinham alguma superstição bizarra, mas, que levavam muito a sério, descobri que muita gente não tem superstição alguma. No máximo seguem alguns costumes culturais por pura tradição, ou seja, aquela coisa de comer lentilha no final do ano, pular as ondinhas, para os católicos não comer carne vermelha na sexta-feira santa, casar de branco, não passar debaixo de escada, levantar com o pé direito da cama, não deixar a bolsa no chão e etc. Se não fosse isso escutava as famosas manias de cada um, isto é, algumas neuroses como posição das roupas no armário, posição de cada objeto em cima de sua mesa de trabalho, mania de limpeza e etc. Mas, essas coisas na minha concepção conceitual do termo superstição, não passam de coisas “normais” que cada um tem a sua e segue determinado comportamento por pura tradição ou mania mesmo. O que quero dizer claramente, é que essas coisas estão muito mais ligadas à crença pela fé e comportamentos compulsivos repetitivos e exagerados que as pessoas fazem por fazer porque as incomoda do que exatamente algo mais subjetivo ligado à sorte e ao azar.

E, ao fazer essa descoberta, de que muita gente não tem superstições segundo minha definição da analogia à sorte e ao azar me certifiquei de que de fato não sou um cara normal. Para mim, todo mundo tinha alguma superstição, por menor que fosse. Até porque nunca imaginei que as pessoas não tivessem uma cor, um número, uma roupa, um perfume, um relógio, um amuleto ou qualquer coisa estranha que fosse que lhes dessem sorte ou azar em determinadas situações do cotidiano. Confesso que racionalmente nunca achei normal isso, mas se as pessoas seguem rituais e tradições simplesmente porque são costumes transmitidos de geração para geração, porque não teriam suas próprias superstições? Se são capazes de fazer algo ilógico apenas pela crença ou por mania, como não criariam as suas próprias superstições racionalmente tão irracionais, mas tão irracionalmente verdadeiras para quem as tem?

Por exemplo, o meu número de azar é o 9. Quero distância de tudo que esteja relacionado com o número 9, que a somatória dos números resultem em 9. Nunca compraria um apartamento no 9º andar, quando compro um celular ou um carro sempre somo os números para ver se não dá 9. Não costumo marcar reuniões, fechar contratos e evito até sair de casa no dia 9. A superstição que tenho com o número 9 é tão grande que vocês não podem imaginar. É claro que se ao entrar em um restaurante e a única mesa disponível for a de número 9, é evidente que não ficarei esperando desocupar outra mesa, mas sempre que possível procuro evitar qualquer contato com o número 9. Além disso, tenho perfumes, relógios, roupas específicas para cada ocasião, no caso de reuniões importantes de negócios é uma combinação, se for para sair de balada ou para um encontro amoroso outro e assim por diante. Tenho sabonetes da sorte para o dia a dia, outro somente para viagens a negócios e outro apenas para viagens a turismo. Quando preciso assinar algo importante como petições, contratos, cheques de valores altos e etc., não uso canetas da cor preta. Para dizer a verdade, nessas situações, só assino de azul e faço questão de levar a minha caneta. Pois é, caros leitores, imagino que devam estar pensando ou acabando de uma vez por todas por concluir que realmente sou maluco. Essa pode ser uma possibilidade. No entanto, conheço outras pessoas que também sofrem do mesmo “mal” que o meu.

Muito embora tenha ficado impressionado com o número de pessoas que não tem superstição alguma, conheço vários espécimes que se solidarizam comigo e possuem as suas próprias loucuras. Entre elas, conhecemos vários artistas que também levam muito a sério esse negócio de superstição, como, por exemplo, o cantor Roberto Carlos que só usa roupas azuis e brancas. O piloto de F1 Felipe Massa tem uma cueca da sorte onde em 2006 quando venceu o GP do Brasil revelou não ter trocado de cueca nos 3 dias do evento. Outras superstições de Massa são entrar no carro sempre pelo lado esquerdo e vestir sempre a luva e a sapatilha direita primeiro. A cantora Maria Bethania sempre entra no palco descalça. A cantora Clara Nunes sempre se apresentou de branco e por aí vai.

Entre meus amigos e familiares, tenho um amigo que diz nunca assistir os jogos de futebol do time dele ou do Brasil na casa da mãe porque o time sempre perde. Meu pai não gosta de vestir preto, mas por outro lado só compra carros da cor preta e diz que carro vermelho dá azar. Ele por exemplo, gosta do número 13 enquanto em muitos prédios nos Estados Unidos aboliram o 13º andar por acreditarem que o 13 dá azar. Já, minha tia, tem a cor azul como a sua cor de sorte. Se possível, sempre compra carros azuis e em ocasiões importantes sempre se veste com roupas da cor azul. Minha outra tia disse que não corta as unhas nas sextas-feiras e que quando se compra ou se ganha uma roupa ou vestimenta nova, nunca se deve usá-la imediatamente e muito menos estrear qualquer coisa de noite. Um amigo do meu tio não compra carro se o final da placa não for igual ao número do telefone fixo da casa dele. Ele diz que as letras pouco importam, mas que os números precisam ser iguais, ou seja, o cara tem 4 carros na garagem com o mesmo final de placa. Ainda bem que ele mora em Brasília, porque se fosse em São Paulo teria 4 carros no mesmo dia do rodízio municipal. Bom, pelo que vocês podem observar não sou só eu que sofro desse probleminha de superstição. Apenas me iludi achando que tinha mais adeptos.

Tudo bem que logicamente isso tudo é a mais pura irracionalidade somada com loucura, insanidade e uma pitada de delírio. Mas fazer o que? Como se diz no ditado popular: “Cada doido com sua mania”. Acredito que todos que tem algum tipo de superstição têm consciência lá no fundo, que nada vai mudar ou acontecer em decorrência do não cumprimento desses objetos fruto de nossa farta imaginação. De igual maneira, imagino que todos que seguem suas superstições, no caso de uma situação inevitável, não irá se prejudicar parando suas vidas por causa delas. Mas os supersticiosos de verdade que confessem que quando necessitamos administrar e controlar as nossas loucuras o friozinho na barriga bate e a missão se torna quase impossível, não é mesmo?

Um ótimo domingo e um excelente início de semana a todos vocês!!!

mathias@mn11.com.br
HTTP://www.twitter.com/grupomn11
http://www.mn11.com.br
http://www.mathiasnaganuma.blogspot.com

http://www.twitter.com/mathiasnaganuma

Twitter Pessoal: @MathiasNaganuma

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima