A CENSURA SILENCIOSA …………………………………………………………………………

tesouraCaros leitores, iniciei o meu Vlog. Comecei postando 10 vídeos. Não na proposta do programa de TV na Internet do “Cá Entre Nós”, mas um Vlog do tipo Vlog mesmo.

 Gravação amadora, sem preparação e roteiro. Apenas fixei-me a algumas idéias que queria expor. Falar da tal hipocrisia e falta de bom senso do mundo que sempre comento. Isso tudo começou porque o Programa Cá Entre Nós cresceu, ficou requintado entrevistas com celebridades, Diretor de TV, câmeras e mais câmeras, luzes e mais luzes, microfones e mais microfones, planejamento, roteiro e alta produção. Por essa razão, o Canal está levando o tempo esperado de qualquer produção bem feita para ficar pronto. Isso, sem levar em consideração que mantivemos a proposta de fazer TV na Internet com equipamentos de “baixo custo”, o que, por sua vez, na ilha de edição tudo fica mais trabalhoso para juntar o quebra cabeça.

Sendo assim, incentivado e motivado pelo amigo e diretor do Cá Entre Nós, Edu Ameruso que há tempos insiste que eu fosse postando alguma coisa, comecei a criar vídeos sem a menor produção. Handycam, luz natural da sala, e um gravador de áudio portátil. Nem sequer um microfone lapela eu acoplei nele. Isso tudo para ganhar a agilidade que não temos no programa de verdade. Dessa forma, tive a cara de pau de lançar o meu canal no youtube que horrorosamente se chama “preprograma”, afinal ele é um pré-programa do Cá Entre Nós. Uma Vinheta bem humorada, simples ironizando toda a formatação do uso de recursos visuais que manda a regra. Resolvi que faria no PC mesmo com o Windows Live Move Maker, ou seja, algo abaixo do amadorismo. Até cheguei a baixar o software Sony Vegas de edição, contudo me recusei a usá-lo. Se todo mundo faz vlog com câmera fotográfica compacta portátil e usa PC para editar e vira sucesso na Internet, dessa vez eu não iria me estressar. Errei na fala, corrigi no meio do caminho, sem problemas, continuava falando, sem maiores cortes ou edição. E numa tarde produzi 10 videos que estão no meu super “criativo” canal no youtube que se chama preprograma.

Mas, o que quero transmitir essa semana não é como estou produzindo esses vídeos, mas as coisas que andei reparando nos Vlogs de outras pessoas, dos comentários das pessoas que assistem e até comentários que em menos de 24hs de postagem dos meus vídeos recebi de amigos e familiares. De conversas pelo MSN, Facebook, Skype, até ligações para minha casa e para o meu celular. Pessoas elogiando e outras perguntando se eu surtei, se estava ficando louco e por aí foi.

Pois é. O Vlog para mim, nada mais é do que o espaço mais democrático que existe para que as pessoas expressem seus pensamentos, opiniões, informações e etc. O Youtube por exemplo nada mais fez do que levar o acesso ao direito de imprensa a qualquer um, para qualquer pessoa, independentemente de títulos acadêmicos e influências políticas para se trabalhar e ocupar um espaço dentro de uma TV ou Jornal que diga-se de passagem não é sinônimo de liberdade de expressão. Todos sabemos que TV, Jornal, Rádio, são ferramentas políticas poderosíssimas, portanto, o jogo de interesses e uma dança equilibrada infelizmente são necessárias para os donos desses veículos de comunicação. Infelizmente, para sobreviverem, eles não podem viver de ideais, mas de uma composição política muito bem feita para se manterem de pé. Por outro lado, o YouTube na internet, proporcionou que todos falassem. Que todos externassem suas opiniões num plano de verdadeira igualdade. Você faz um vídeo com o celular, com uma câmera, ou qualquer coisa que filme imagens e posta lá ficando a critério de cada um assistir ou não.

O problema está na censura muda, calada ou invisível. Todos os amigos e familiares que me ligaram perguntando se eu “surtei”, o fizeram porque de fato gostam de mim e zelam pela minha imagem e sou grato por isso, no entanto, parei uns minutos para refletir e cheguei a conclusão de que aquela máscara, aquele personagem que nos cobre todos os dias para sobreviver em sociedade nunca pode ser retirada. Percebi que o anormal sou eu que falo o que penso e que o normal é soldar a máscara do personagem do homem perfeito em minha face para não sofrer represálias e discriminação.

Portanto, a coisa se tornou bem simples. O normal é ser anormal e ser anormal é ser normal, porque a liberdade de expressão continua sendo uma utopia, uma falácia, uma garantia constitucional conquistada em nosso país e na maioria do mundo, através da luta de aproximadamente 3000 anos de história que vem desde as comunidades gentílicas da Grécia antiga, invasão etrusca na Roma antiga, movimentos como liberalismo, facismo, nazismo, social democracia, socialismo, 2 guerras mundiais, crises econômicas como a depressão de 29, movimentos de igualdade racial de Marx o movimento feminista liberalista pela igualdade entre homens e mulheres, para chegarmos hoje em pleno ano de 2012 com algo pior do que o massacre que a história nos conta, ou seja, a censura silenciosa, o pré-julgamento, a rotulação, catalogando e estereotipando aquele com ideias diferentes das ditas “normais”, ao invés de parar para escutar, refletir e pensar.

Detalhe para o fato de que não estou apresentando idéias diferentes, apenas como dizem no ditado popular, “coloquei a boca no trombone”, tive coragem de sair da minha zona de conforto, tirar as vendas dos meus olhos que erroneamente e certamente me levariam a acreditar em dogmas e preceitos estipulados pela sociedade me calando e me escondendo da realidade.

Acho que sou burro mesmo, a história sempre nos contou que aqueles que usam a sinceridade, honestidade e falam a verdade que todo mundo sabe, mas não diz, no final sempre se ferram. Relatar e externar a verdade de alguns fatos verídicos daqui a pouco vai se transformar em tipo legal no Código Penal.

Um ótimo Domingo e um excelente início de semana a todos vocês!!!

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