No domingo passado trouxe algumas notícias acerca do lançamento do iPhone 4 e conseqüentemente sobre a importância e o crescimento do Marketing Digital no que diz respeito aos aparelhos de telefonia celular. Ressaltamos alguns dados estatísticos que comprovam a já sabida influência da Internet na vida dos brasileiros e agora também presente nos chamados Smartphones.
Seguindo essa linha sobre tecnologia e novidades do mundo digital, aproveito o ensejo para trazer um pouco mais de informações a vocês sobre a evolução dos Livros Digitais, popularmente conhecidos como e-books.
A tendência pela propagação dos e-books no mundo se deve aos chamados e-readers que nada mais são do que aparelhos digitais móveis que medem em média 20 cm de largura por 25 cm de altura e servem basicamente para leitura de livros, jornais, revistas, substituindo os impressos em papel. Contudo, esses equipamentos têm sido lançados com uma gama enorme de atrativos além da sua função original que seria a de ler um livro. A maioria deles já está no mercado com conexão wi-fi (sem fio), 3G (conexão através do sinal do celular), jogos, agenda, contatos, biblioteca para músicas, vídeos, fotos, navegadores de internet, isto é, praticamente um iPhone de tela grande que não faz ligações ou um netbook bem mais fino sem as funções de processamento de um computador. Um verdadeiro objeto de diversão e lazer.
O Brasil já começou dar os primeiros passos na direção dos livros digitais, mas ainda está literalmente engatinhando. É necessário uma mudança nos hábitos dos leitores brasileiros. É preciso uma menor resistência por parte das editoras no investimento da digitalização de uma quantidade maior de livros e de autores consagrados. E, por fim, é fundamental que hajam mais leitores eletrônicos.
Contudo, segundo dados fornecidos pela revista Info da editora Abril do corrente mês na reportagem intitulada “A Virada das Páginas Digitais”, um levantamento divulgado em abril pela empresa americana InSat aponta que serão vendidos neste ano 10 milhões de e-readers no planeta, contra 3,9 milhões no ano passado – um crescimento de 156%. A empresa prevê que, em 2013, a quantidade de equipamentos comercializados chegue a 28,5 milhões. Em 2009, 83% dos leitores digitais foram vendidos nos Estados Unidos, e apenas 17% em outros países. Em 2013, a parcela correspondente ao resto do planeta deve atingir 45%. Já a venda de tablets como o iPad, da Apple, crescerá de 2,7 milhões de unidades em 2010 para 16 milhões em 2013, prevê a InSat.
Pode parecer pouco, mas os dados da pesquisa “Retratos da leitura no Brasil”, feita em 2007 pelo Observatório do Livro e da Leitura (dados também extraídos da revista Info acima citada), mostram que 4,6 milhões de brasileiros já liam livros digitais na época. O levantamento indicou também que 7 milhões de pessoas têm o costume de baixar livros gratuitamente pela Internet no Brasil. É bem possível que uma parte desse público, acostumado com o formato, passe a consumir e-books e e-readers. A adesão vai depender basicamente do preço cobrado pelos aparelhos e pelas obras. Atualmente, é possível encontrar edições por um valor médio de 25 reais e leitores digitais na faixa entre 750 e 1000 reais.
Imaginem que no ano de 2007, 7 milhões de brasileiros baixaram livros pela Internet e trabalhando com a hipótese de que 25% dessas pessoas fizeram download de livros simplesmente por Hobby, como o meu tio dinossauro que tem o prazer de baixar livros no computador para imprimi-los, encapá-los e produzir ele mesmo sua biblioteca particular no formato, fonte e padrão que mais o agrada para ler, presumindo o absurdo de que existam muitos usuários com esse perfil, mesmo assim, é de se impressionar a quantidade de brasileiros que há 3 anos atrás já buscavam livros digitalizados na internet. Vale lembrar que nessa época ainda estava nascendo os primeiros Smartphones e que a velocidade da internet nos aparelhos de celular nas regiões do Brasil que tinham cobertura, era extremamente precária.
Nesse sentido, não apenas eu, como a maioria dos jornalistas e comentaristas sobre tecnologia afirmam que com a chegada do e-reader da Apple, ou seja, o iPad, haverá um difusão vertiginosa dos e-books nos próximos anos.
Por esse fato, alguns obstáculos precisam ser superados pelas editoras, pois converter um livro não é tão simples como se imagina. Ainda, conforme reportagem da revista Info, converter um livro não significa que a editora vá pegar o arquivo de uma obra, clicar em “salvar como EPUB” (esse é o nome do formato dos e-books, que é a abreviação de eletronic publication ou publicação eletrônica) e esquecer o assunto. É preciso formatar o texto novamente. Os problemas são maiores quando existem imagens, gráficos e tabelas. Criar uma obra interativa, então, é missão quase impossível. Apesar das dificuldades, as editoras brasileiras e as lojas virtuais têm seguido a tendência mundial de adotar o EPUB. O formato permite incorporar proteção de direitos autorais DRM (Digital Rights Management), criar arquivos compactos e pode ser lido com o software Adobe Digital Editions, compatível com múltiplos e-readers.
Para os leitores, o pequeno volume de obras em português parece ser o principal impedimento à popularização dos e-books.
Somente para finalizar a coluna dessa semana, gostaria de trazer alguns detalhes de pelo menos um e-reader, mais especificamente do iPad da Apple que tem dominado o mundo com o iPhone, iPod’s e outros. O iPad tem 18,9 cm de largura, 24,2 cm de altura e 1,34 cm de profundidade, pesando 730 gramas, na versão com Wi-Fi e 3G. Será vendido em modelos com 16 GB, 32 GB e 64 GB, com ou sem conexão 3G. Em média, um livro digital no padrão EPUB, formato suportado por esse gadget, tem entre 2 MB e 5MB. Assim, o modelo com maior capacidade poderá armazenar mais de 13.000 obras, e o modelo mais barato, 3.200 títulos. O download dos livros será feito por meio de uma loja própria da Apple, a iBookstore, que segue os modelos da iTunes.
Para vocês que já possuem um iPhone, podem ter uma pequena prova de como funcionaria um e-book baixando algumas obras em português como “A Arte da Guerra” de Sun Tzu, “O Príncipe” de Maquiavel, “Os Lusíadas” de Camões e etc. que estão disponíveis na AppStore.
LOUNGE NK7
Agradecemos a confiança que nos foi depositada pelo Chalé do Trigo no fechamento de mais uma parceria em Rio Branco com a NK7 para criação e desenvolvimento de seu Web Site.
Enviamos um forte abraço para a Iva e Célio proprietários do Chalé do Trigo.
Aguardem que no próximo mês vocês poderão conferir as delícias da padaria, fazer pedidos online, e conferir todas as novidades.
Em consonância com o assunto das últimas semanas, não poderíamos esquecer de comentar o fato de o novo site do oriobranco.net elaborado pela NK7 e dirigido pelo meu sócio Alex ter saído na frente com sua versão mobile. Não deixem de acessar o oriobranco.net agora também na versão para celular.
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