O QUE VOCÊ QUER GANHAR DE PRESENTE DE NATAL? …………………………………………………………………………

desenho de renasEssa é a pergunta que mais escutamos nessa época “natalina”. Todos nos shoppings indo às compras para deixar a árvore de natal mais bonita…

…e presentear uns aos outros.

Deixando de lado o aspecto religioso da data, não sou dessas pessoas que entram no clima de final de ano, que consideram essas datas tão relevantes assim. Para mim, é um dia como outro qualquer. Até porque à meia-noite nada muda. Dormimos e acordamos do mesmo jeito que nos deitamos na noite anterior.

Para dizer bem a verdade época de Natal é sinônimo de Tumulto. Shoopings Centers lotados, congestionamentos, ameaça dos aeroviários, preços mais caros, trânsito em razão daqueles que não tem mais o que fazer da vida e ficam parados olhando as luzinhas e decoração de natal dos prédios da cidade, estradas lotadas, falta de água e em algumas regiões litorâneas, fila para comprar pão. Caros leitores, isso é espírito natalino? Isso é programa de “Índio”. Não entendo como as pessoas se sujeitam a essas situações ridículas e deprimentes. Sem levar em consideração o aumento no número de acidentes e mortes nas estradas do país, de furtos e roubos em meio a milhões de pessoas num pedaço de areia para ver os “fogos” de fim de ano. Vocês tem idéia de quanto custa para o Governo promover esse showzinho de luzes e estouros de meia hora no final do ano? Reclamam da corrupção dos parlamentares e políticos brasileiros, mas não se incomodam em queimar dinheiro com luzes e rojões?

Para mim essa época é uma desculpa para as pessoas comprarem e gastarem enlouquecidamente, comerem igual a porcos e se embriagarem até verem o chão, ou seja, mais uma desculpa para não produzir, para não trabalhar. Portanto, vamos ao menos PARAR PARA PENSAR UM POUCO SOBRE NOSSA COEXISTÊNCIA. SEJAMOS ÚTEIS!! SANTO DEUS!!!

Minha crônica dessa semana é breve. Apenas quero por a reflexão uma questão. Quando me perguntam o que eu quero de presente de Natal sabe o que respondo? Para ser educado respondo NADA. Mas dentro de mim o que tenho vontade de responder é o seguinte: Com a benção de Deus nada nunca me faltou. Tenho tudo que preciso. O quero de presente de Natal é simplesmente uma coisa: NÃO PERDER NADA DO QUE TENHO. Não perder meus verdadeiros amigos. Não perder o amor da minha família. Não perder a saúde que me sustenta. Não perder a razão de viver. Não perder quem eu amo. Não perder o resto de inteligência e cognição que me sobram e me permitem circundar e atravessar meus pensamentos e minhas reflexões diárias na busca de uma evolução e um auto-conhecimento maior.

Todo mundo hoje quer ganhar. Vencer. Mas a vida não é assim. A vida é pior do que um Cassino. Mais se perde do que se ganha. É que vivemos sentados em nossa ignorância e contabilizamos apenas os ganhos. Todavia, se toda nossa trajetória pudesse ser colocada em um software, com certeza passamos muito mais perto da derrota, de perder, do que de ganhar. E, acabamos por nos conformar com os tais maravilhosos pequenos momentos inesquecíveis de nossas vidas.

Que fique claro: não proponho o pessimismo. Apenas sugiro uma palavra nova: CONSERVAR. Que no caso não tem o mesmo sentido de estagnação, mas de equilíbrio. Nunca pensei que fosse dizer isso. Contudo, acabei de dizer. É evidente que ganharemos e perderemos e esse processo é fundamental para alimentar uma viagem na busca da manutenção de uma loucura saudável de nossos pensamentos através de sensações e sentimentos. Entretanto, para o Natal desse ano, o que quero de presente de natal é apenas conservar o intangível das melhores coisas que tenho na vida. Isso já é muito e me basta.

Por fim, para fechar com “chave de ouro” nossa reflexão natalina deixo com vocês um pensamento de ninguém menos que a filósofa alemã Hannah Arendt (1906 – 1975) in “A Condição Humana” cujo título é:

“O Valor da Obra de Arte”

A fonte imediata da obra de arte é a capacidade humana de pensar, da mesma forma que a «propensão para a troca e o comércio» é a fonte dos objectos de uso. Tratam-se de capacidades do homem, e não de meros atributos do animal humano, como sentimentos, desejos e necessidades, aos quais estão ligados e que muitas vezes constituem o seu conteúdo.

Estes atributos humanos são tão alheios ao mundo que o homem cria como seu lugar na terra, como os atributos correspondentes de outras espécies animais; se tivessem de constituir um ambiente fabricado pelo homem para o animal humano, esse ambiente seria um não mundo, resultado de emanação e não de criação. A capacidade de pensar relaciona-se com o sentimento, transformando a sua dor muda e inarticulada, do mesmo modo que a troca transforma a ganância crua do desejo e o uso transforma o anseio desesperado da necessidade – até que todos se tornem dignos de entrar no mundo transformados em coisas, reificados. Em cada caso, uma capacidade humana que, por sua própria natureza, é comunicativa e voltada para o mundo, transcende e transfere para o mundo algo muito intenso e veemente que estava aprisionado no ser.

Um ótimo Domingo e um excelente início de semana a todos vocês!!!

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