TECNOLOGIA? PARA QUE TE QUERO? …………………………………………………………………………

Ufa!!! Final da 2º Fase de produção e filmagens do projeto Florestur que nossa agência estava executando aqui no Acre por todas as regiões turísticas do Estado. Projeto esse, encabeçado pela Secretaria de Esporte Turismo e Lazer – SETUL que tem como objetivo a fomentação e o fortalecimento da economia regional e o despertar de novos investimentos no setor, mostrando principalmente aos habitantes acreanos a importância de se criar e ampliar mecanismos de divulgação e promoção do potencial turístico do Acre.

Projeto maravilhoso que estamos executando com muito carinho e dedicação. Palmas ao nosso Diretor de Cinema Eduardo Ameruso que apesar de todas as adversidades encontradas pelo caminho, com muita garra e amor ao trabalho através de sua vasta experiência, extraiu das rotas turísticas traçadas, como sempre, o melhor que temos no Acre. Daqui alguns meses, provavelmente no mês de abril, o Acre e o Brasil poderão conferir a série de programas audiovisuais e radiofônicos que estamos desenvolvendo e que serão veiculados na TV Aldeia.

Bom, só fiz essa “pequena” introdução para que vocês possam entender o dilema, o choque de tecnologia que encontraríamos para solucionar algo que teoricamente, aos olhos do leigo, se mostra tão simples.

Nossa pequena jornada se iniciava às 18 horas em São Paulo quando pegamos o carro com praticamente nossa ilha de edição inteira para buscar o Edu no aeroporto de Congonhas em São Paulo. O pegaríamos às 20 horas e iríamos ao Flat dele para prepararmos um material que necessitávamos para prestações de contas à SETUL.

O vôo da Tam do Edu chegou apenas meia hora atrasado. Fomos direto para o Flat. Estávamos em 4 pessoas, com 8 computadores, entre eles notebooks, pc’s e mac’s, muitos HD’s externos para backup das imagens e vídeos, inúmeros cabos, filtros de linha, extensões, adaptadores de tomadas, monitores e etc. enchemos dois carrinhos de equipamentos na garagem do Flat do Edu e ainda por cima uma parte de todo esse material teve que sair do carrinho porque não entrava pela porta do elevador. Mas não havia problemas. Afinal de contas, estávamos prevenidos para tudo. Pensamos que era melhor sobrarem equipamentos do que faltar alguma coisa na hora “H”. O problema foi julgarmos que estávamos com tudo e que toda aquela tecnologia de ponta resolveria nossa vida. Que todas aquelas ferramentas apenas iriam estender nossas habilidades profissionais e que resolveríamos absolutamente tudo em no máximo 3 a 4 horas de trabalho.

Foi assim que nossa noite começou. Carregando equipamentos. Mas, após tudo devidamente alocado no 18º andar do prédio, iniciamos os trabalhos. Foi aí que começaram os nossos dilemas. Eram muitos, mas muitos fios por todos os lados, praticamente uma teia de aranha, ninguém conseguia se mexer com medo de tropeçar em um daqueles cabos. No entanto, nosso drama não estava na quantidade de fios e máquinas. A novela começou na verdade bem cedo, diria que até antes do horário.

Como já disse anteriormente, estávamos no total com 8 computadores, 8 HD’s externos e com profissionais devidamente certificados para operarem todos aqueles equipamentos e softwares de edição para garantirmos as melhores soluções. Contudo, depois de traçarmos nosso plano de trabalho para a elaboração desses 4 DVD’s, fizemos a péssima descoberta que todos aqueles computadores e HD’s, não conversavam uns com os outros. Que todos aqueles metros de cabos tinham plugues diferentes e não conseguíamos conectar uma máquina com a outra, que apesar de termos os computadores mais caros e mais “potentes” que a Apple tem no mercado, não conseguíamos trabalhar porque o software proprietário de nossa câmera profissional Sony não falava a mesma linguagem do MAC. Que o notebook que estávamos trabalhando da HP não tinha a saída que precisávamos para conectar em nosso super HD externo da Samsung.

Tudo bem que no mínimo vocês irão me perguntar: Ué, mas você que é dono de uma agência de web design, publicidade e propaganda não sabia disso? Isso é o mínimo que você deveria saber. Com o devido respeito, caros leitores, não é porque trabalhamos com isso todos os dias e porque temos o melhor equipamento do mercado que não surgem pequenos problemas que inviabilizam todo o nosso trabalho em alguns casos de adversidades como esse de montar uma ilha de edição na última hora no Flat do nosso diretor de cinema. Eu sei. Vocês vão me perguntar. Mas você não disse que foi prevenido para tudo? Pois é. Eu também achei. Mas, o que pretendo com a crônica dessa semana, não é fazer propaganda dos nossos 36 programas de divulgação do Turismo no Acre. Também não é para fazer marketing de que temos os melhores equipamentos. E, obviamente muito menos para dar a entender que somos incapazes de operar essas novas tecnologias, porque na verdade, em nossa agência temos nossa ilha de edição funcionando como um relógio suíço. Afinal contratamos uma empresa especializada para montar tudo isso.

O que pretendo com esse texto é fazer uma crítica a toda essa tecnologia de ponta que está disponibilizada para nós, que têm a pretensão de facilitar nossas vidas e automaticamente nos escravizam porque na grande maioria dos casos elas de fato resolvem o nosso problema. Não discuto aqui a tecnologia do momento. Muito pelo contrário. Ela é realmente ótima. Mas, na verdade existem horas que os donos, proprietários, inventores e etc. dessas grandes corporações como, por exemplo, a SONY e a APPLE, acabam nos deixando sem saber o que fazer em decorrência de seus interesses comerciais, porque existe uma tendência mundial em se fazerem produtos que só trabalham com a mesma marca daquele produto. Sabe aquela coisa de comprar uma câmera profissional SONY e na hora de extrair as imagens você ser obrigado a trabalhar com o software desenvolvido por eles e, que, detalhe, não acompanha a câmera e você é obrigado a comprá-lo para não ter que jogar a câmera fora?

Pois é. Enquanto por um lado estão fazendo aparelhos de telefonia celular que funcionam com qualquer operadora e em qualquer lugar do mundo. Existe também o movimento contrário. Daqueles que estão desenvolvendo produtos que só funcionam com os produtos da mesma marca. Imagine se um dia na sua casa você tiver que ter todos os eletrodomésticos e eletrônicos todos da mesma marca para eles funcionarem… Imaginem se formos obrigados a ter a mesma marca de geladeira, microondas, máquina de lavar roupas, televisão, secadora, aparelhos de blue-ray, fogão, batedeira, cafeteira, liquidificador, home theaters todos da mesma marca para que eles funcionem. Parece que enquanto os empresários da eletrônica e eletrodomésticos, tentam facilitar nossas vidas criando e desenvolvendo produtos que praticamente fazem tudo sozinhos e que basta ligarmos na tomada e apertarmos o botão de liga e desliga, o pessoal da informática faz o movimento contrário.

Escrevo essa crônica em forma de protesto a todo esse pessoal da informática que ao invés de facilitarem nossas vidas desenvolvendo produtos que são compatíveis com qualquer outros, eles nos acorrentam ao equipamento e software deles e de forma indireta não nos dão a liberdade de escolha entre uma marca e outra. Às vezes toda essa tecnologia só nos atrapalha.

Moral da história: trabalhamos 24 horas ininterruptas para concluir a gravação de 4 DVD’s. Na verdade, o que tentamos fazer para adiantar não resolveu de nada, era melhor ter esperado o dia seguinte e ter feito tudo dentro da ilha de edição de nossa agência.

Um ótimo domingo e um excelente início de semana a todos vocês!!!

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