Nesses últimos tempos tão corridos e “difíceis” pelos quais tenho passado, não tenho como deixar de falar da importância das minhas cachorras Lucky e Jade em minha vida. A companhia que me fazem tanto em casa como na agência. É engraçado como historicamente os homens e os animais sempre tiveram uma relação tão próxima e sempre fizeram companhia uns aos outros. E, acredito que com essa vida individualista, cosmopolita de grandes metrópoles, os homens e os animais se aproximaram cada vez mais. Afirmo com absoluta certeza que essa relação vem se estreitando porque nela encontramos um pouco da verdade, um pouco da honestidade e sinceridade que não vemos nos homens.
Sei que aqueles que não tiveram ainda uma oportunidade de ter uma relação tão intensa com um bicho não entendem o que quero dizer. Mas, aqueles que já tiveram ou as tem, sabem bem do que estou falando. O amor que existe entre o homem e o bicho é real, é verdadeiro. O amor que o bicho tem por você é incondicional. Ele sim é fiel e vai te amar pelo resto da vida. Ele estará sempre ao seu lado, mesmo que ele não saiba o que está acontecendo. Aliás, mesmo que nós achemos que ele não saiba o que está acontecendo. Falando um pouco sobre pesquisas que muitos já devem saber, animais de estimação ajudam manter a pressão em dia, baixar o colesterol, gatos e cachorros fazem bem ao coração, animais combatem a depressão, cachorros ajudam as pessoas a terem uma forma física melhor (não é o meu caso, risos), promovem mais interação e menos isolamento, menos alergias e imunidade fortalecida, parcerias com terapeutas, alerta em crises epilépticas, um apoio maior para autistas, ajudinha para ter ossos mais fortes e etc.
Não sou daqueles que acreditam que existe uma língua animal. Que os homens e os bichos possam se comunicar por línguas. Mas tenho certeza que nos comunicamos através de nossas vibrações. Que através dos sentimentos que trocamos somos capazes de sentir através de determinadas vibrações o que o outro está passando principalmente os animais que são muito mais sensitivos do que nós seres humanos que, apesar de mais evoluídos espiritualmente, somos muito mais poluídos pela matéria.
Mas o que quero dizer na verdade é que quando se fala em solidariedade, em ajudar, em fazer o bem, penso que também “fazer o bem” pode englobar o significado de ajudar um animal abandonado, de adotar um animal. Tudo bem que muitos irão me criticar questionando como eu peço para ajudar um animal em detrimento de um ser humano e etc. Entendam bem. Não estou pedindo fazerem algo em detrimento de outro. Apenas sou da teoria de que a cada um foi dado um dom de fazer alguma coisa por alguém, por uma coisa, por algo, ou por uma causa. A uns foi dada a capacidade de fazer muito e a outros foi dada a capacidade de fazer pouco. Não podemos exigir daqueles que não tem, algo que não podem nos oferecer. Cada um faz dentro do que pode. E, sei que muitos gostam de animais. Então, o que pretendo chegar é, se você pode adotar um animal, porque comprar? Por pura vaidade? Apenas pelo pedigree?
Depois de um tempo você perceberá que se fosse o seu animalzinho de estimação com ou sem pedigree, com pêlo, sem pêlo, branco ou preto, mesclado, sem uma perna, sem um olho, sem rabo, ou sem uma orelha, você iria amá-lo do mesmo jeito. Portanto, apenas estou propondo a campanha do Adote um Vira-Lata!!!
Soa completamente contraditório que eu esteja dizendo para adotar um vira-lata não é mesmo? Concordo com vocês, caros leitores. De fato tenho que admitir que a Lucky e a Jade, as duas tem meu sobrenome Naganuma no Pedigree, são duas West Highland White Terrier de raça pura originárias da Escócia e vieram do melhor Canil da raça de West Terrier do Brasil o Canil Granville dos amigos Aline e Mario. É verdade. Admito. Mas tenho uma boa desculpa para isso. Primeiro porque moro em apartamento em São Paulo e não poderia correr o risco de adotar um vira-lata e não saber que tamanho o bichinho ficaria. Segundo, porque a Lucky era minha primeira cachorrinha de estimação e eu queria uma de raça. Pronto. Falei. A desculpa da Jade é a de que somente queria uma que fosse da mesma mãe e da mesma raça para fazer companhia para a Lucky e que coubesse no meu apartamento já que seria a segunda. Mas em minha casa em Rio Branco em poderia ter um Vira-Lata perfeitamente.
Enfim, dadas as devidas explicações, se você não tiver problema de espaço, e se você não tiver aquele sonho de nascença de ter um cachorro ou gatinho daquela determinada raça específica, não há razões para não adotar um vira-lata. Te garanto que um vira-lata vai te proporcionar tudo que um cachorro de raça te proporcionaria, todas as alegrias, todos os cantos de mesas mordidos, os cocos fora do lugar, os chinelos mordidos, os pelos por todos os cantos da casa, vai querer seu carinho, sua atenção, vai querer dormir com você, vai te fazer companhia, vai latir e abanar o rabo quando você chegar em casa e com absoluta certeza estará sempre ao se lado, seja ele ou ela, da raça que for, com pedigree ou sem pedigree. Sendo assim, apenas faça o seu bicho feliz. Dê uma boa qualidade de vida para ele. Faça dele como um filho ou uma filha. Se é para ter. Cuide direito e nunca abandone.
Agora deixo com vocês, uma pequena historinha da Márcia Silva Gerente Geral Web da MN11 SP e da sua cachorrinha Suzy encontrada na rua.
“Suzy, esse é o nome da nossa cadelinha de “raça indefinida”, meio poodle, meio yorshire. Ela foi recolhida da rua, muito magra, com uma severa perda de pêlos devido à desnutrição, estava também com um “buraco” nos músculos da costa, uma cicatriz onde se deduz ter levado uma pancada que a machucou seriamente.
A Suzy entrou para a família há aproximadamente 2 anos, seu jeitinho sensível e carente conquista todo mundo que aparece lá em casa. Hoje com pêlos pretos brilhantes, está gordinha e adora um bifinho, a cicatriz física sumiu entre os pêlos, mas ficaram as cicatrizes psicológicas, apesar de ser muito meiga, característica dos poodles, ela também sabe ser rigorosa quando antipatiza com alguém, tem muito medo de vassoura e de homens e não come perto de ninguém, mesmo os membros da família.
Em uma consulta com o veterinário se deduziu que tem mais ou menos 6 anos de idade, mas apesar disso não perdeu a vontade de brincar, ela a-do-ra uma tira de tecido, na confecção da minha mãe, não pode me ver que já procura um pedaço de tecido e traz para que eu puxe de sua boca. Ela nos traz muita alegria.
Ao pensar no passado dela, tentamos imaginar por quantos episódios ruins deve ter passado e, sendo tão sensível, o quanto deve ter sofrido, o pior é saber que existem seres humanos capazes de machucar seres tão carinhosos e dóceis. Como diz o provérbio português: “Quem maltrata um animal, não é de bom natural”. “
Um ótimo domingo e um excelente início de semana a todos vocês!!!
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