Mulheres executivas. Mulheres independentes. Mulheres donas do seu nariz. Mulheres que governam. Mulheres que ditam regras em nosso país. Mulheres que tem voz ativa. Mulheres que falam e são ouvidas. Mulheres que contestam. Mulheres que são temidas. Mulheres que oprimem. Mulheres mães, chefes de família, mas que nem por isso deixam a clínica de estética de lado. Mulheres do século XXI, poderosas, super-heroínas e paradoxalmente inseguras e sozinhas.
Caros leitores são sobre essas mulheres e para essas mulheres que falarei essa semana. Falarei em nome de nós, homens héteros que fomos massacrados e embebidos ao coma vegetativo desde o princípio do grito feminista até hoje, onde alguma coisa entre o estômago e o pulmão ficou engasgado face a tantos movimentos gays, lésbicos e bissexuais. Todos, agora, ganharam, ou ao menos se sentem no direito de gritar histericamente ao surfar sob o mar de uma suposta “democracia” e “liberdade de expressão” se valendo do conceito deturpado, extravasado e mais conveniente para si, “confundindo” egoisticamente aquilo que deveria ser democracia e liberdade de expressão com falta de respeito, falta de bom senso, e falta de limites transformando tudo isso numa meleca de nome baderna.
Enfim, não estou aqui para falar de política, nem para discutir a legitimidade, relevância ou coisa do gênero dos movimentos ou conquistas da opção sexual de cada um. Tratarei de uma relação teoricamente muito mais simples. A de um homem e uma mulher na faixa dos 30 anos (meu caso), profissionalmente bem sucedidos ou ao menos encaminhados ou teoricamente estáveis financeiramente, que vivem em um grande centro urbano como as cidades de São Paulo ou Brasília, por exemplo. Como sabem, ultimamente tenho permanecido mais na ponte-aérea São Paulo Brasília, e, como grande expectador dos movimentos da vida, pela observação e convívio com pessoas, amigos e amigas dessas cidades, pude confirmar alguns de meus achismos.
Antecipo-me aqui afirmando que não quero transformar em vítimas, nós, homens héteros. Muito embora eu esteja num processo de auto-convencimento de que somos, sim, vítimas dos séculos de opressão dos nossos antepassados machos. Infelizmente acredito cada dia mais herdamos, carregamos e estamos pagando caro pelas ações de nossos antepassados. Contudo, muito embora, na história da humanidade o homem macho, do sexo masculino, heterossexual nunca tenha se encontrado em posição tão reprimida, creio pelo nosso silêncio e recolhimento, tendo em vista nossa posição pouco privilegiada, apesar de todas as mazelas, juntando uns pedaços outrora estilhaçados de cá e de lá, vamos tocando a vida. Já, as mulheres parecem um tanto perdidas com a posição que tanto almejaram. Alcançaram o poder que nunca tiveram, e agora não sabem o que fazer com ele, ou melhor, fazem quase sempre um péssimo uso dele.
Por trás daquelas máscaras de mulheres auto-suficientes, com suas poses impecáveis e eretas de cima daqueles saltos 15cm da Chanel, atrás das bolsas Louis Vuitton, óculos de sol Versace, perfume Thierry Mugler, cremes e lingeries Victoria Secret’s, um “modelito” Dior, saindo de um veículo SUV BMW com seus inúmeros cartões de crédito Platinum, tudo isso não passa de uma miragem daquilo que não existe por trás. É como no Livro Juízes da Bíblia onde todos esses elementos não passam das forças sobre-humanas dos cabelos de Sansão.
Meus parabéns a todas essas mulheres que conquistaram essa independência. Mas a pergunta é: Quem são vocês? O que vocês querem? O que pretendem provar? Para quem? Porque não permitem serem amadas? Porque vivem no córtex dos extremos contraditórios entre serem tão poderosas e tão inseguras? Mulheres independentes que tem medo de amar. E sabe porque têm medo de amar? Porque lá no fundo ainda não se acostumaram com a ideia de igualdade entre homens e mulheres. Porque ainda estão presas às culturas machistas que tanto combateram mas que permanecem arraigadas, grudadas na pele. Diante desse conflito, eu respondo a pergunta pelas mulheres. Vocês não sabem o que querem. O choque entre os novos e velhos paradigmas petrificam a maioria vocês. Frente a nova realidade em que vocês ainda não se encontraram, o tal modelo de príncipe encantado do século XXI não vive no planeta Terra. E, nessa busca sem fim, vocês acabam se lambuzando sozinhas, frustradas, decepcionadas, quiçá revoltadas pela injustiça divina e nós homens, com nossos corações estraçalhados perdidos no meio do deserto sem entender nada.
Ao sair numa sexta-feira a noite para uma festa de aniversário de uma amiga num bar-restaurante no bairro dos Jardins em São Paulo, notei quantas mulheres lindas solteiras, e, por consequência, quantos de nós, sozinhos também. Todos lá, um ao lado dos outros, que talvez pudessem estar cumprindo o desejo divino de amarmos uns aos outros (obviamente no sentido de uma relação de amor a dois), estávamos todos lá, com seus drinks, seus carrões, todos bem vestidos, cheirosos, muito amigos e solteiros. E ao escutar a fofoca de umas amigas, elas falavam de suas aventuras amorosas: uma relatou que tinha conhecido um barman maravilhoso numa festa de casamento e tinha saído com ele, a outra contava que conhecera um guitarrista de uma banda em um bar e havia passado uma noite com o cara, e a terceira que tinha tido um caso com o seu professor de tênis.
Enfim, antes de me chamarem de preconceituoso, quero esclarecer que não fiquei pasmo pelo fato delas terem “ficado” com sujeitos cujas profissões ou posição social estavam aquém das delas. No entanto, confesso que me chamou a atenção. Perguntei se elas os encontrariam de novo, e todas foram unânimes em dizer com desprezo que não. Bom. Fiquei 1 minuto mudo para uma breve reflexão. E esse é apenas um exemplo dentre muitos outros que não caberiam nessa página de Jornal.
Para concluir, caros leitores e chegar finalmente ao “X” da questão, o que gostaria que observassem é que o príncipe encantado às avessas tingido pelas mulheres é mais ou menos assim: um homem meigo, romântico, mas com pegada, do tipo meio cafajeste; ele precisa ser eficaz para satisfazê-la em todos os sentidos, alcançando e buscando e procurando e todos os “andos” possíveis no corpo feminino para satisfazê-la, esse homem de hoje não pode falhar; ao mesmo tempo ele precisa ser um bom pai para os filhos dela, mas ela não está disposta a sustenta-lo; ele precisa ser bem sucedido, culto, intelectualizado, mas submisso a ela; ele precisa ter um corpo escultural, afinal ela merece usufruir disso, mas por outro lado ela não pode exibir para as amigas em eventos sociais a menos que ele não abra a boca. Em outras palavras, o cara precisa ser lindo e maravilhoso como o Brad Pitt, rico como o Bill Gates, inteligente e intelectualizado como o Humberto Eco, romântico e viril como do Don Juan, e acéfalo como um Macaco que ela pode pegar para criar, moldar, adestrar e dominar do modo que ela quiser.
Caras leitoras, só uma dica: esse cara não existe!!! O mais catastrófico de tudo é que elas descobrem esse fato lá pelos 30 e poucos anos quando estão ficando para “titias” e decidem por arrumar um otário qualquer, afinal há uma necessidade incontrolável de Procriar. Após um tempo aquele otário que acreditava que era amado, acorda para fora de casa, com o coração arruinado, somente com a roupa do corpo, sem a mulher que amava e com uma ordem judicial de pensão alimentícia e visitas ao filho com hora marcada aos finais de semana.
Um ótimo domingo e um excelente início de semana a todos vocês!!!
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